segunda-feira, 27 de junho de 2011

BOTAFOGO/RUA DA LAPA – para Alba Zaluar

Alba Zaluar - Tenho um bisavô português, Augusto Emilio Zaluar, que viveu toda a sua vida adulta no Brasil, a maior parte no Rio de Janeiro. No entanto, só sei dele o que foi registrado por historiadores das literaturas portuguesas e brasileiras. Onde morava o Augusto?
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Para Alba Zaluar
Prezada Alba, tenho sim, o endereço de seu antepassado – Augusto Emílio Zaluar – depois de viúvo. No entanto, no tempo em que ainda era casado, penso que fosse residente no bairro de Botafogo, digo isso, pois na praia do mesmo nome, número 26, funcionava um Colégio, por ele dirigido.

Estou falando do COLÉGIO SÃO SEBASTIÃO, especializado nos preparatórios para o comércio e Academias do Império, e que, em 1852, funcionava na Praia de Botafogo, número 26, em uma casa alugada à Felipe José Gonçalves e outros. 

Augusto Zaluar era sócio de Manuel Antonio da Assumpção Junior. Tratava-se de um estabelecimento, situado na melhor localidade da então côrte do Rio de Janeiro, onde se ensinava, não só a educação primária, como também as matérias necessárias para entrar no comércio e academias. No ano seguinte, em 1853, com mudança na sociedade, também alterou-se a razão social do estabelecimento, então denominado COLLEGIO ZALUAR, ficando no cardo de sub-diretor, o Dr. José Tell Ferrão.

Em 1854, deixaram o velho casarão de Botafogo que, depois de passar por diversos donos e alteraçoes de endereço, teria hoje o número 404, da Praia de Botafogo. Já o Colégio Zalar, passou a funcionar na Rua do Catete, número 175, em um velho prédio, erguido em 1808, por José Antonio de Oliveira Guimarães, tenente dos oficiais de Fortaleza, do Rio de Janeiro, em 1799; negociante matriculado ana praça do Rio de Janeiro, e um dos signatários da subscrição que se fez entre setembro e outubro de 1808, para arrecadar fundos para enviar para Portugal, afim de ajudar os portugueses, reduzidos ao estado de penúria, devido às guerras contra os franceses. Fez a doação de 100$000. No entanto, no tempo que Zaluar alugou esta casa, ela era propriedade do Visconde de Miragaia, Bernardo Pinto Gonçalves da Silva, que havia comprado a propriedade em 1843, aos herdeiros de Oliveira Guimarães.


Em 1858, Zaluar ficou viúvo, de sua adorável e saudosa esposa, Luiza de Menezes Gould, falecida a 18 de maio. Nesta ocasião, o colégio já não existia mais.

Passados dez anos, apenas vivendo do coinvívio de seus filhos, e abandonado pelo destino, que havia levado sua Luiza, deixou para traz os anos dourados de Diretor de respeitado colégio, que tinha seu nome, e passou a trabalhar na Secretaria de Estado e Negócios da Justiça. Finalmente, em 1868, encontramos Augusto Emílio Zalar, residindo na rua da Lapa, número 86, em um dos muitos prédios, alugado Pa viúva do brigadeiro Manuel Alves da Fonseca Costa. Talcasa, estaria hoje próxima ao número 214.


No ano seguinte, em 1869, estava residindo na Rua dos Ourives, logradouro histórico da Cidade do Rio de Janeiro, que hoje tem a denominação de Rua Miguel Couto. No ano seguinte, passou a alugar na rua da Ajuda, número 67 – logradouro que já foi maior do que o hoje restou e, parte dele, denomina-se rua Melbin Jones.

Por ora, era o que tinha para informar.
Att,
Cau Barata



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